Brasil não apoia sistema específico de pagamento dos BRICs, defendido pela Rússia, diz Ministério da Economia

Segundo a pasta, país defende sistema mais ágil que o modelo Swift, usado atualmente. Mas, ao contrário da Rússia, o Brasil não quer uma plataforma específica dos BRICs, em moeda local. O Brasil defende o estabelecimento de um novo método global de pagamentos, melhor do que o Swift, usado atualmente. Mas não apoia uma integração dos sistemas dos BRICs (grupo formado pela Rússia, Brasil, China, Índia e África do Sul), em moedas locais — defendido pela Rússia. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (14) pelo secretário de Assuntos Econômicos Internacionais do Ministério da Economia, Erivaldo Alfredo Gomes. Ele informou que o pedido dos russos de um sistema específico para os países dos BRICs "não é um tema de trabalho, não está na agenda do Brasil". As sanções do Ocidente, impostas após a invasão à Ucrânia, isolaram a Rússia dos sistemas financeiros globais e de quase metade das suas reservas de ouro e moedas estrangeiras, que estavam avaliadas em US$ 606,5 bilhões no começo de abril. Rússia pode ser banida da rede global de pagamentos? Entenda As bandeiras de cartões internacionais Visa e MasterCard suspenderam operações na Rússia no começo de março, e os maiores bancos da Rússia perderam acesso ao sistema bancário financeiro global de pagamentos, o Swift. "Hoje estamos em um contexto de economia digital muito rápida, ágil, em quem as coisas acontecem em tempo real. Tem uma plataforma internacional de pagamentos, o Swift, que funciona e é confiável, mas não tem a agilidade que precisa. Faz sentido ter uma plataforma que seja mais ágil. Um pagamento às vezes leva dois a três dias para chegar no banco em outro país, ou a um organismo internacional", declarou o secretário Erivaldo Alfredo Gomes. Segundo ele, entretanto, o Brasil entende que a mudança deveria ocorrer no "âmbito multilateral, global, e não uma solução específica de alguns países". Para o secretário, o novo sistema poderia, por exemplo, ser intermediado pelo Banco de Compensações Internacionais, o BIS, espécie de banco central que reúne os bancos centrais. VÍDEOS: veja mais notícias de economia

Brasil não apoia sistema específico de pagamento dos BRICs, defendido pela Rússia, diz Ministério da Economia
Segundo a pasta, país defende sistema mais ágil que o modelo Swift, usado atualmente. Mas, ao contrário da Rússia, o Brasil não quer uma plataforma específica dos BRICs, em moeda local. O Brasil defende o estabelecimento de um novo método global de pagamentos, melhor do que o Swift, usado atualmente. Mas não apoia uma integração dos sistemas dos BRICs (grupo formado pela Rússia, Brasil, China, Índia e África do Sul), em moedas locais — defendido pela Rússia. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (14) pelo secretário de Assuntos Econômicos Internacionais do Ministério da Economia, Erivaldo Alfredo Gomes. Ele informou que o pedido dos russos de um sistema específico para os países dos BRICs "não é um tema de trabalho, não está na agenda do Brasil". As sanções do Ocidente, impostas após a invasão à Ucrânia, isolaram a Rússia dos sistemas financeiros globais e de quase metade das suas reservas de ouro e moedas estrangeiras, que estavam avaliadas em US$ 606,5 bilhões no começo de abril. Rússia pode ser banida da rede global de pagamentos? Entenda As bandeiras de cartões internacionais Visa e MasterCard suspenderam operações na Rússia no começo de março, e os maiores bancos da Rússia perderam acesso ao sistema bancário financeiro global de pagamentos, o Swift. "Hoje estamos em um contexto de economia digital muito rápida, ágil, em quem as coisas acontecem em tempo real. Tem uma plataforma internacional de pagamentos, o Swift, que funciona e é confiável, mas não tem a agilidade que precisa. Faz sentido ter uma plataforma que seja mais ágil. Um pagamento às vezes leva dois a três dias para chegar no banco em outro país, ou a um organismo internacional", declarou o secretário Erivaldo Alfredo Gomes. Segundo ele, entretanto, o Brasil entende que a mudança deveria ocorrer no "âmbito multilateral, global, e não uma solução específica de alguns países". Para o secretário, o novo sistema poderia, por exemplo, ser intermediado pelo Banco de Compensações Internacionais, o BIS, espécie de banco central que reúne os bancos centrais. VÍDEOS: veja mais notícias de economia